A partir do segundo mês de 2021, imunização começa de forma igualitária em todo o País, sem distinção por Estado, com prioridade para grupos de risco, informa governador. Previsão é de 60 milhões de doses disponíveis. “Ao evitar contaminação dessas pessoas, diminuiremos ocupação de leitos hospitalares e possibilidade de óbito”, destaca. Fotos: Wesley Costa
A data prevista para que o Ministério da Saúde dê início ao Programa Nacional de Imunização contra a Covid-19, que vai alcançar todos os brasileiros, sem distinção por Estado, é entre 10 e 20 de fevereiro de 2021. A informação foi citada pelo governador Ronaldo Caiado em entrevista exclusiva ao Bom Dia Goiás, da TV Anhanguera, na manhã desta terça-feira (22/12), e, posteriormente, em coletiva de imprensa. “Já temos data marcada para iniciar a campanha nacional. Vamos ter a vacina a partir do dia 10 de fevereiro e priorizar aqueles que têm as maiores complicações. Ao evitar a contaminação dessas pessoas, nós diminuiremos a ocupação dos leitos hospitalares e o risco de óbito”, pontuou o governador.
Caiado destacou que a estimativa é que haja no segundo mês do próximo ano 60 milhões de doses disponíveis, que serão destinadas aos grupos de maior risco. “Temos 600 mil vacinas da Pfizer chegando em janeiro, 6 milhões da Coronavac até 20 de janeiro. Em fevereiro, teremos no Brasil a produção de 30 milhões de vacinas/mês do Butantã e da Fiocruz, 15 milhões. Também a vacina russa, que está sendo produzida por um laboratório em Brasília, com capacidade de entregar 10 milhões de doses”, enumerou o governador.
Ainda pela manhã, durante coletiva de imprensa, o governador também informou que a Universidade Federal de Goiás já se prontificou a fornecer equipamentos de refrigeração para armazenar as doses da Pfizer, que necessitam de temperaturas abaixo de 70 graus Celsius.
Sobre seringas, agulhas, equipamentos de proteção individual (EPIs) e demais insumos necessários, Caiado assegurou que o planejamento está bem resolvido. “Goiás tem contingente mais que suficiente para atender os 7,2 milhões de goianos. Fora nossa capilaridade, que não encontra menor dificuldade no Estado”, garantiu.
Festas de fim de ano
A iminência da vacinação e a preocupação com as férias e festas de fim de ano fez com que o governador, mais uma vez, fizesse um pedido de moderação nas celebrações que, por tradição, reúne familiares de todas as idades, o que coloca em risco principalmente os mais idosos. “Vamos cancelar este ano, fazer uma coisa mais íntima, para que em 2022 possamos comemorar em dobro. Estamos tão perto da vacina. Vamos esperar. Já superamos todo um ano sem perspectiva de data”, fez apelo Caiado à população, durante entrevista ao Bom Dia Goiás.
O governador também relembrou medidas que fizeram com que Goiás prolongasse a curva de contágio, o que evitou um crescimento exponencial. “Todos os Estados tiveram pico. Em Brasília, por exemplo, o nível de contaminação, complicações e óbitos foi muito maior”, citou. “Não queremos que o mundo pare, nem que nosso Estado pare. O que precisamos é ter condições para que o paciente possa ter o atendimento na UTI em caso de complicação”. O governador destacou que hoje o Estado conta com mais de 751 leitos acrescidos ao atendimento da população.