sexta-feira - 26/04/2024

Queda de avião no Tocantins deixa seis mortos e futebol em luto

Corpo de Bombeiros combate chamas no local em que avião bimotor caiu, em Luzimangues, Porto Nacional (TO) (Foto: Corpo de Bombeiros)

A queda de um avião em Luzimangues, distrito de Porto Nacional (TO), deixou o futebol de luto neste domingo (24) com a morte do goiano Lucas Meira, de 32 anos, presidente do Palmas Futebol e Regatas, de quatro jogadores do clube tocantinense, entre 23 e 28 anos, além do piloto Wagner Machado. Todos viajavam para Goiânia, onde o clube enfrentaria, nesta segunda-feira (25), o Vila Nova pela Copa Verde – jogo adiado.

Lucas Meira, de 32 anos, uma das seis vítimas do acidente, deixa uma filha, a pequena Luísa, de um ano e quatro meses. O goianiense, que morava em Palmas desde 2007, era um empresário apaixonado pelo futebol e dedicado em ajudar na formação de cidadãos. Tinha oito irmãos.

No alto, Guilherme Noé (esquerda) e Marcus Molinari (direita). Embaixo, Ranule (esquerda) e Lucas Praxedes (direita) Foto: Divulgação e Reprodução / Instagram

Os jogadores que morreram são Lucas Praxedes (23 anos, lateral esquerdo), Guilherme Noé (28 anos, meia), Marcus Vinícius Molinari (23 anos, meia) e Ranule (27 anos, goleiro). Todos fariam o primeiro jogo pelo Palmas nesta segunda-feira (25) e tinham passagens sobretudo por clubes do interior do Rio, de Minas Gerais e de São Paulo.

Antes de trabalhar com futebol, Lucas Meira dedicou sua carreira à Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi), fundada por ele em 2011. Formado em Administração e Agronomia, gostava de viajar, mas aproveitou idas para Inglaterra e Japão para fazer cursos de gestão, que o ajudaram na presidência da Renapsi.

Ele permaneceu no cargo por mais de oito anos e se licenciou no ano passado em busca de um dos seus sonhos: trabalhar na política. Chegou a ser anunciado em 2020 como vice na chapa da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), mas desistiu e foi substituído por André Gomes.

Desde 2017, Lucas Meira era presidente do Palmas Futebol e Regatas. Um dos objetivos do dirigente era investir nas categorias de base, com a criação de projetos esportivos em Palmas que poderiam ser utilizados para formar atletas e cidadãos. Ele assumiu o time na 2ª Divisão do Campeonato Tocantinense, recolocou a equipe na 1ª Divisão e foi campeão em duas oportunidades do Estadual (2018 e 2019). Levou o Palmas à Série D 2020, em que o clube foi eliminado na fase de grupos com 14 derrotas em 14 jogos.

Apaixonado por futebol, Lucas Meira era torcedor do Grêmio. O amor pelo esporte foi passado pelor pai, Adair Meira, que é presidente da Fundação Pró-Cerrado, diretor presidente da Rádio Sagres e torcedor do Internacional. O acidente que vitimou o presidente do Palmas ocorreu justamente na data em que os rivais gaúchos se enfrentaram pela 32ª rodada do Brasileirão e terminou com vitória colorada por 2 a 1.

Lucas Meira era um pai, filho e irmão presente. Nas redes sociais, publicou diversas imagens em reuniões familiares com a presença dos irmãos e irmãs, com sua filha, sobrinhos, pai e mãe (Jaqueline Vieira). Algumas fotos eram do empresário em viagens com a família. Quando podia, gostava de visitar o Jalapão e tinha a região Nordeste como destino para viagens.

O velório de Lucas Meira seria realizado na sede da Renapsi em Palmas. O sepultamento também será na cidade.

O acidente que matou as seis pessoas a bordo do bimotor modelo Baron, de prefixo PTLYG, ocorreu, segundo a tenente-coronel Andréia de Fátima Bueno, comandante do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Palmas, por volta das 8h40.

Foram cinco veículos do Corpo de Bombeiros no local, além de duas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Ao chegar ao local encontramos a aeronave em chamas, os corpos carbonizados, não sendo possível a remoção. Deixamos (os corpos) no local para a cena ser preservada para a perícia”, contou a tenente-coronel.

O Instituto de Medicina Legal (IML) do Tocantins, por causa da carbonização dos corpos, faria a identificação das vítimas por meio de documentação odontológica e coleta de DNA.

Fonte: Jornal O Popular

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