quinta-feira - 18/04/2024

Polícia Civil indicia quatro pessoas por estupros e outros crimes em casa de acolhimento de Quirinópolis

Segundo apuração, crianças e adolescentes eram vítimas de abusos, maus-tratos e humilhações. Duas meninas, de 2 e 5 anos, além de quatro meninos teriam sido estuprados no local.

A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Quirinópolis, concluiu nesta semana a investigação instaurada para apurar denúncias de crimes praticados dentro de uma casa de acolhimento do município, na região sudoeste do Estado. Ao todo, 10 pessoas foram indiciadas no inquérito policial por estupro de vulnerável na modalidade de omissão, maus tratos e submissão de criança ou adolescente a humilhação e vexame.

Segundo a apuração da Polícia Civil, duas meninas, de 2 e 5 anos, além de quatro meninos, menores de 14 anos, foram estuprados no abrigo. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Camila Vieira Simões, a instituição municipal era destinada a atender crianças e adolescentes em situação de violência ou abandono familiar. A investigação dos crimes foi iniciada após o recebimento de denúncias.

“Um casal de adotantes procurou a Delegacia narrando que uma criança, da qual eles detinham a guarda provisória, passou a relatar experiências sexuais vividas no interior da casa. Paralelo a isso, a Polícia Civil teve conhecimento de duas fugas, de crianças abrigadas, na qual elas relatavam que sofriam violência física e psicológica no interior do abrigo. A Polícia então passou a investigar e teve ciência de que as relações sexuais eram prática comum na casa”, informou.

Os policiais descobriram durante a apuração que os abusos eram praticados entre as crianças do abrigo e que diversos profissionais tinham conhecimento dos crimes. “Algumas cuidadoras e a coordenadora do abrigo tinham ciência. Em virtude da posição de garantidoras e considerando que a coordenadora confirma que repassou as ocorrências para a ex-primeira dama do município e para a ex-presidente do Conselho da Criança e do Adolescente, a Polícia Civil as indiciou, porque nada fizeram”, pontuou a delegada.

Com a conclusão da investigação, o inquérito policial foi encaminhado ao Poder Judiciário. Pelo crime de estupro de vulnerável, as suspeitas indiciadas poderão cumprir pena de 8 a 15 anos de prisão, caso condenadas. Já o crime de maus-tratos tem pena prevista de 2 meses a um ano, e de submissão à humilhação, reclusão de 6 meses a dois anos.

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