A paralisação e até mesmo o abandono de obras públicas que se arrastam há anos em Itumbiara vem causando graves prejuízos aos cofres públicos e à população. São dezenas de obras paradas ou inacabadas em vários bairros da cidade e o Plural Notícias iniciou levantamento para conhecer as obras paralisadas nesta administração. Nesta primeira reportagem, são quatro obras abordadas: Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Luiz Moura; Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Ariston Faria; conjunto habitacional Messias Faria, todos no Bairro Maria Luiza Machado e ainda o Pier João Gilberto da Motta, na Prainha, às margens do Rio Paranaíba.
Com custo estimado em R$ 5 milhões, o Pier está sendo construído há cerca de oito anos, com verba do Ministério do Turismo. A obra foi paralisada várias vezes por problemas na licitação e execução do serviço. No atual governo, foi realizada uma nova licitação e a empresa Engecia Construção venceu o certame, com a promessa de concluir o projeto, pelo valor de R$ 3,1 milhões, mas o serviço está parado. A fundação do Pier é um esqueleto na margem do rio e o pavimento da pista de caminhada se deteriora com a ação do tempo.
O CMEI Ariston Faria, projetado para ser o maior do município, também se arrasta. A parte de alvenaria parece ter sido concluída e há poucos funcionários no local. Foram realizadas duas licitações, em 2015 e 2018 e a Prefeitura convocou a segunda colocada, Terra Azul, para concluir o projeto, no valor de R$ 1,5 milhão. Recursos do FNDE.
A UBS Dr. Luiz Moura, também em fase adiantada, segue inacabada, deixando os moradores dos bairros Maria Luiza, Portal dos Ipês, Santa Rita e outros próximos, aguardando o atendimento médico. Na última licitação, a SVS Construtora assumiu a obra por R$ 546 mil, mas o serviço está parado. Recursos do Ministério da Saúde.
No conjunto Messias Faria, o convênio entre o Ministério das Cidades, Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social (FUMHIS) e Prefeitura de Itumbiara prevê a construção de 30 casas, no valor de R$ 1,2 milhão, mas a obra está parada e as paredes das casas levantadas estão caindo pelo abandono.
Somente nestas quatro obras abordadas na reportagem, os valores somam quase R$ 9 milhões, sendo que cerca de 50% já foram gastos, mas a população segue sem contar com serviços de saúde, educação, moradia e turismo previstos. Até quando?