Titular da Semad, Andréa Vulcanis representa governador Ronaldo Caiado na apresentação do projeto pioneiro entre municípios no Brasil. Prefeitura investiu R$ 2,5 milhões na planta sustentável e deve gerar economia de R$ 1 milhão mensal em energia elétrica com reutilização de sobras da construção civil. “Meta do Governo de Goiás é levar modelos como o de Catalão para outras regiões do Estado”, disse ela
A secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Andréa Vulcanis, participou, na manhã desta quarta-feira (23/10), da inauguração da Usina de Reciclagem de Resíduos Sólidos com Separação de Biomassa, em Catalão, a 256 km de Goiânia. A titular da Semad representou o governador Ronaldo Caiado na apresentação da planta, a convite do prefeito Adib Elias. Segundo ela, a iniciativa inédita vai inspirar outros municípios para investimentos voltados para a sustentabilidade.
Trata-se da primeira usina no Brasil construída pelo poder público municipal. A Prefeitura de Catalão investiu R$ 2,5 milhões, oriundos de recursos próprios. As projeções são de que passe a economizar cerca de R$ 1 milhão por mês em gastos com energia elétrica. Com a obra, a cidade será referência em sustentabilidade ao transformar restos de construção civil em fonte de energia.
A secretária Andréa Vulcanis destaca o alcance da obra. “Sabemos que precisamos avançar muito na gestão ambiental do Estado, mas iniciativas como esta, alinhadas ao que há de mais moderno e avançado em termos de sustentabilidade no mundo, nos mostram que estamos no caminho certo”, afirma.
“A intenção do Governo de Goiás é levar modelos como o de Catalão para outras regiões do Estado”, informa Andréa Vulcanis. “A ferramenta de copiar e colar nos ajuda muito, não precisamos inventar a roda quando vocês já estão abrindo caminho e inspirando outros municípios a seguirem a mesma proposta de sustentabilidade”, aponta.
A secretária Andréa Vulcanis, ao elogiar a iniciativa, fez uma proposta para o prefeito Adib Elias. “Quem sabe não chegamos aqui, com este aterro, na proposta de lixo zero, com a separação de todos os resíduos pela população e o reaproveitamento total dos materiais. Lixo é dinheiro e, além do benefício ambiental, produz todo um ciclo econômico, gera emprego e renda”, explica.
Segundo o prefeito Adib Elias, o trabalho feito à frente do município tem como norte a consolidação de Catalão como um importante centro do interior brasileiro. “Queremos ser exemplo não só para Goiás, mas para o Brasil”, disse. “O projeto da usina foi pensado para ser uma referência em sustentabilidade e temos feito muitos avanços como, por exemplo, o projeto que acabamos de aprovar na Câmara dos Vereadores que elimina os sacos plásticos dos estabelecimentos locais e a conclusão das obras da estação de tratamento de esgoto”, enumera.
A nova estação de tratamento de esgoto de Catalão também foi visitada pela secretária, que ouviu técnicos e funcionários do local, além do secretário municipal de Meio Ambiente, Silas José Tristão. “Fiquei impressionada com o esforço que a prefeitura realiza para resolver problemas que são tão comuns a todos, principalmente em tempos de austeridade fiscal, quando o meio ambiente fatalmente perde espaço em orçamentos”, diz Andréa Vulcanis.
Reaproveitamento
O cálculo dos técnicos é que, das 4.500 toneladas mensais de resíduos de construção civil que chegam ao aterro sanitário da cidade hoje, mais de 90% têm capacidade de aproveitamento.
De acordo com a prefeitura, a operação da usina será “simples e eficiente”. O material passará por um sistema de triagem e separação da biomassa com reaproveitamento de resíduos que serão transformados em cascalho, brita 1, brita 2, areia e pedrisco, além de energia limpa.
Com a usina em funcionamento, além de resolver o problema da falta de espaço dentro do aterro sanitário, os produtos que forem gerados a partir dos resíduos serão transformados em material de construção civil, como, por exemplo, tijolos.
“Vamos usar o material resultante da reciclagem na área de habitação, de desenvolvimento social”, diz Adib Elias. “São telhas, tijolos, areia, que poderão beneficiar famílias carentes e também o poder público nas obras municipais”, conclui.