Programa Reformar tem possibilitado celeridade na execução de obras simples de engenharia em todas unidades de ensino de Goiás. Algumas não recebiam melhorias nas estruturas físicas desde a década de 1970, como o Colégio Estadual Chico Mendes, de Montividiu do Norte. Crédito/fotos: Divulgação
Desde que foi lançado pelo governador Ronaldo Caiado, no final de 2019, o programa Reformar já soma R$ 58 milhões em recursos, que foram distribuídos para todas as 1.029 unidades escolares da rede estadual de ensino, espalhadas pelos 246 municípios goianos. Esses números impactaram a vida de 530 mil alunos e de 40 mil servidores da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
O Reformar primeira edição foi criado para acelerar e efetivar a manutenção, reforma e pequenos reparos dos edifícios que abrigam as unidades da rede. O dinheiro é repassado, diretamente, para os Conselhos Escolares. É uma verba de custeio, que, na fase inicial, em 2019, variou de R$ 5 mil a R$ 33 mil, de acordo com o número de alunos atendidos, e foi aplicada em serviços como pintura do prédio, limpeza de terreno, troca de portas, janelas e fechaduras, substituição de telhados, manutenção de instalações hidráulicas e elétricas, limpeza da caixa d’água, entre outros.
Já a segunda etapa do programa, lançada no último Dia do Professor, 15 de outubro, pelo governador e pela titular da Seduc, Fátima Gavioli, tem um escopo diferente. Cada escola recebeu R$ 32 mil para realizar intervenções, prioritariamente, nas cozinhas e sanitários. “Essa descentralização da verba é a transparência que o governo tem. É a certeza que nós vamos recuperar o Estado. Eu não lutei na minha vida para ser governador e não devolver Goiás aos goianos, que é o meu compromisso”, afirmou Caiado, na última quinta-feira (15/10).
De acordo com o gerente de Projetos e Infraestrutura da Seduc, Gustavo Jardim, o recurso foi aplicado, em 2019, na grande maioria das escolas, em limpeza do terreno e pintura das unidades. “O Reformar tem o intuito de facilitar e executar, de forma mais rápida, obras consideradas simples. Com o dinheiro na mão, é possível fazer muito mais coisas pelo poder da negociação de mercado”, explicou Jardim.
Embora destinada prioritariamente para pequenos reparos nas cozinhas e banheiros, a verba da segunda fase do Reformar pode ser utilizada em outros serviços, desde que as áreas que deveriam receber o aporte já tenham passado por reformas anteriores. “Casos de substituição de janelas, revestimento e piso, desde que não requeiram Anotação de Responsabilidade Técnica”, exemplificou Fátima Gavioli.
Comunidade escolar
A meta de regionalização do governo Caiado e de expandir as políticas públicas para além da região metropolitana de Goiânia, com o intuito de alcançar, principalmente, os municípios mais carentes, se transformou em sentimento de alegria para o Conselho Regional de Educação (CRE) de Porangatu, no Norte goiano. “Todas as nossas escolas hoje estão bem arrumadas, com uma boa aparência para receber os alunos. Foi uma grande alegria porque isso não havia acontecido nos governos anteriores”, afirmou o coordenador Angelo Marcos de Souza.
Segundo ele, o Reformar beneficiou 15 escolas, de oito municípios, e mudou a realidade de 6,7 mil alunos e 585 servidores da regional. O valor da verba destinada para a região variou de R$ 17 mil a R$ 33 mil. “Algumas unidades não passavam por nenhuma intervenção física desde a década de 1970, como o Colégio Chico Mendes, de Montividiu do Norte”, apontou.
No CRE de Aparecida de Goiânia, o impacto na vida da comunidade foi externado pela coordenadora Núbia de Brito Farias. “Começar o ano letivo com toda a escola arrumada faz toda a diferença no bem-estar dos alunos, professores e servidores”, destacou, ao comentar sobre a aplicação do recurso de 2019.
Aos R$ 2,1 milhões do ano passado somam-se, agora, mais R$ 2,2 milhões da segunda fase do programa. Com um detalhe: tanto em 2019, quanto em 2020, os recursos contemplaram as 70 unidades, distribuídas pelos seis municípios que integram a regional. O resultado dessa equação são mais de 60 mil estudantes e 4 mil funcionários animados e, mais empenhados, em desafiar os obstáculos impostos pelo “novo normal” para continuar a fazer de Goiás o líder nacional no ranking do Índice de Desenvolvimento Básico da Educação (Ideb).