A triste e prematura partida do “Seu Cordeiro”

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Foi com imensa dor que a equipe do Plural Notícias recebeu a notícia do falecimento do empresário Francisco de Assis Cordeiro, aos 70 anos, no último domingo, dia 16 de maio de 2021. Cordeiro era um guerreiro, sabia enfrentar os adversários. Sobreviveu a violência, aos assaltos em seu estabelecimento, aos planos econômicos de governos, às dificuldades de ser empresário no Brasil, mas sucumbiu a um inimigo invisível e traiçoeiro, a Covid-19, após lutar por várias semanas contra essa doença maligna.

“Seu Cordeiro” era muito mais que um assinante e anunciante do jornal. Era um grande amigo e incentivador do nosso trabalho, uma figura fantástica. Amava seu trabalho, a família, a cidade de Itumbiara e sua gente.

Veio para Itumbiara na década de 70, no auge da construção da Barragem de Furnas, como chefe de segurança de uma prestadora de serviço.

Comunicativo e empreendedor, logo conquistou a confiança da empresa, que autorizou que ele buscasse os benefícios dos funcionários em São Paulo e nestas viagens, começou a comprar joias e relógios para os trabalhadores da usina e o alto escalão da construtora.

A Usina de Itumbiara ficou pronta em 1981, mas Cordeiro decidiu ficar nas Barrancas do Paranaíba. Logo abriu sua Cordeiro Joias, que tem 38 anos de existência e virou uma referência no mercado de joias e relógios. Mais que isso, Cordeiro virou uma marca, símbolo de confiança e qualidade, conhecido e respeitado em Goiás e Minas Gerais.

O sucesso no negócio despertou também seu lado humano e social. Passou a participar ativamente da vida social de Itumbiara, atuando como presidente do Clube do Pequeno Trabalhador (CPT), membro do Lions Clube, diretor da CDL e da Loja Maçônica Cruzeiro do Sul.

Como comerciante, era “sui generis”. Cordeiro amava o balcão, onde atendia a todos. Ele mesmo gostava de fazer o marketing da empresa, o material divulgado na imprensa. Emprestava a voz nos poemas e mensagens em datas comemorativas no rádio. Aliás, um grande incentivador dos jornais e emissoras de rádio e televisão. Sabia, com maestria, usar as mídias para divulgar seu negócio.

Cativante e contagiante, Cordeiro logo passou a escrever crônicas e versos, contando todo seu amor por Itumbiara e seu povo. Era um grande entusiasta de Santa Rita do Paranaíba. Tamanha devoção logo lhe rendeu um título de cidadão itumbiarense, muito justo e merecido.

Escreveu seu primeiro livro, “A Floresta dos Sonhos” e logo virou imortal, membro da Academia Itumbiarense de Letras e Artes (AILA).

O corpo de Francisco Cordeiro era mortal, é verdade. Mas o conjunto de suas obras, sua paixão pela cidade, seu amor pela família e o exemplo que deixou, mostram que será imortal na memória de toda uma cidade e na bonita história que construiu. Vá em paz guerreiro, cumpriu sua missão neste plano.

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