O secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, explanou sobre os aspectos da Nota Técnica editada pela SES-GO, instituindo os status de ‘Alerta’, ‘Crítico’ e ‘Calamidade’, para as 18 regiões goianas, de acordo com as condições de contágio e proliferação da Covid-19. A Regional Sul, onde está inserida Itumbiara, foi classificada na faixa intermediária, como “Situação Crítica”.
“A nota técnica tem um aspecto atemporal, porque ela vai categorizar municípios e regiões com alguns critérios específicos, de forma que o gestor municipal, já que é ele que tem autonomia, segundo o STF, possa adotar as medidas de acordo com o status da sua região”, observou Alexandrino. A avaliação desse status será feita e divulgada semanalmente.
Segundo ele, as regiões mais críticas hoje são Vale do São Patrício, Oeste I, que abrange o Rio Vermelho, Estrada de Ferro, Entorno Sul do DF e por isso mesmo merecem medidas mais enérgicas dos gestores municipais e que estão na Nota Técnica.
“Olhamos o Estado todo, verificando as peculiaridades de cada região, não se configurando como uma ação linear. Assim, atendemos a capacidade de atenção à saúde quanto à velocidade de transmissão. Via de regra, vale para a população em geral, porque estamos em franca expansão da segunda onda. Temos várias cepas identificadas, diferentes da primeira onda, e que são mais transmissíveis”, explicou.
Vacinação
Mesmo com a vacinação já iniciada, em algumas cidades já na segunda fase, o quantitativo de pessoas imunizadas ainda é baixo, avaliou o secretário. Preocupado com o atendimento aos pacientes da Covid, na atual gestão, o governador Ronaldo Caiado já abriu oito hospitais, entre estadualização e abertura, “saímos de 239 leitos para mais de 600 leitos de UTI. Todas as macrorregiões de saúde de Goiás têm leitos de UTI, foram adquiridos equipamentos, contratadas pessoas e reformados ambientes”, informou.
Para Alexandrino, a população não pode cair na fala simplista de que é só abrir leitos. “Não é. Temos 7 milhões e 200 mil goianos. Jamais serão abertos 7 milhões e 200 mil leitos. Precisamos de fato frear a contaminação”, assegurou.
Informou também que o sistema identifica a situação da pandemia na região, independente da vontade do prefeito. “Esses dados são fornecidos pelos profissionais de saúde à medida que os atendimentos vão acontecendo e que os exames vão sendo feitos. Aí vão alimentando nosso sistema e mostrando esse desenho. Então é importante que instituições privadas e públicas atualizem os seus dados, porque se não fizerem pode colocar a situação do seu município num nível mais grave”, alertou o secretário Ismael Alexandrino.
O governador Ronaldo Caiado fez uma live hoje com os prefeitos e informou que tem gente que não está indo tomar a segunda dose da vacina. “A gente faz um apelo para que essas pessoas tomem a segunda dose, as unidades têm a vacina. A pessoa só terá a garantia da imunidade se tiver tomado as duas doses. A primeira dose desperta o sistema imunológico, mas o reforço vem com a segunda dose”, afirmou, acrescentando que foi informado que o governo federal fechou a aquisição de mais 54 milhões de doses do Instituto Butantan, mas que ainda não estão prontas.
“A informação mais atual é de uma entrega de 160 mil doses provavelmente no dia 24 de fevereiro ao Estado de Goiás” assegurou, observando que o mapa das regiões será divulgado semanalmente, com as modificações por região, “e será publicado no site da Secretaria de Saúde e servirá como balizador para o gestor municipal, para o Ministério Público, a população e para todos que têm a ver com o processo, para que tomem os devidos cuidados”.
Para guiar as ações voltadas para gestão de serviços e controle de contágio, será considerada uma divisão de 18 regiões no Estado. Semanalmente, a avaliação da SES-GO vai estratificar os locais conforme três estágios de situação: alerta, crítica e calamidade. Quando classificada em situação de alerta, é permitido à região o funcionamento de todas as atividades, exceto eventos com mais de 150 pessoas.
A estratificação em situação crítica requer redução na capacidade de atendimento em atividades de alto risco de contaminação como bares e instituições religiosas, ambos passam a ter permissão para ocupar 30% da capacidade. Já atividades de baixo risco, como salões de beleza, barbearias, shoppings e centros comerciais ficam com o limite de 50% de utilização. Eventos, transporte coletivo e outros setores terão restrições específicas.
Prefeito delibera situação com membros do Comitê
Logo após a live com o governador Ronaldo Caiado, membros dos Poderes e Tribunais do Estado e ainda gestores dos municípios goianos, o prefeito de Itumbiara, Dione Araújo, reuniu com membros do Comitê de Enfrentamento do Covid para deliberar sobre mudanças no decreto municipal.
Na estratificação feita pela Secretaria Estadual de Saúde, Itumbiara foi classificada em situação crítica. Isso significa redução na capacidade de atendimento em atividades de alto risco de contaminação como bares e instituições religiosas, ambos passam a ter permissão para ocupar 30% da capacidade. Já atividades de baixo risco, como salões de beleza, barbearias, shoppings e centros comerciais ficam com o limite de 50% de utilização. Eventos, transporte coletivo e outros setores terão restrições específicas.
Muitos pontos elencados na Nota Técnica da SES-GO já foram adotados em Itumbiara. Dione Araújo ouviu membros do comitê sobre a necessidade de adotar medidas para impedir que a cidade evolua para a fase de calamidade, que implicaria em fechamento total, à exceção de farmácias, supermercados e postos de combustível e ao mesmo tempo, trabalhar para retornar à fase amarela, com menor ritmo de contágio e maior flexibilidade.
O prefeito observou que o relatório do HCamp São Marcos aponta 100% de ocupação dos leitos de UTI. Itumbiara já tem 110 óbitos e quase 6 mil casos confirmados da doença. Por outro lado, a Secretaria Municipal de Saúde já vacinou 4,2 mil pessoas (1ª dose), sendo que quase duas mil já receberam a segunda dose.