Participação feminina na política aumenta, mas ainda é longe do ideal em Itumbiara.
Dos 72.204 eleitores habilitados para votar no dia 15 de novembro em Itumbiara, a maioria, 52,89%, era formada por mulheres, com 38.190 votos, ante 24.014 de eleitores masculinos. Mesmo com a garantia de participação de pelo menos 30% de mulheres candidatas para cargos proporcionais, o resultado das urnas mostrou que a maioria das mulheres continua votando em homens para ocupar as cadeiras no Legislativo.
Nas eleições deste ano, dos 236 candidatos que solicitaram registro, 86 eram mulheres (35% do total), mas apenas duas foram eleitas: Liliane Costa e Selymare, ambas do PRTB, partido com melhor desempenho.
Itumbiara registrou 48.107 votos nominais para vereador, excluindo os votos de legenda, brancos, nulos e abstenções. Os votos destinados às mulheres somaram 10.351, o que representa 21,51%. Na próxima legislatura, que inicia em janeiro, as mulheres ocuparão 16,6% das cadeiras na Câmara.
É um avanço em relação a 2016, quando foi eleita apenas uma vereadora: Professora Noêmia, mas o resultado ainda é aquém do potencial feminino, que representa a maioria do eleitorado e do total de candidatas, que foi de 35%.
Na região, bancada feminina ganhou acréscimo de 13 cadeiras
Levantamento realizado pelo Plural Notícias junto a municípios do Sul Goiano e Triângulo Mineiro mostram que a região terá um acréscimo de 13 mulheres no Legislativo, em comparação com 2016. Naquele ano, foram eleitas 28 mulheres para a Câmara e agora são 41 (veja quadro acima).
As cidades com melhor desempenho na região para as mulheres foram Panamá, Inaciolândia e Ipiaçu, que elegeram três vereadoras. Em Panamá, a mais votada proporcionalmente do Estado de Goiás foi Laysta do Robson (PL), com 13,64% dos votos válidos. A cidade, que não tem nenhuma vereadora nesta legislatura, elegeu ainda Rejane de Paula e Lorena da Saúde, ambas do Democratas.
Em Inaciolândia, um terço da Câmara também será ocupado por mulheres: Bruna Borges (MDB), Lucimeire Alves (DEM) e Cida do Manoel Ribeiro (PP). Não há mulheres na atual legislatura. Em Ipiaçu, foram eleitas Franciele do Dedeca, Nilda Helena e Andriella do Marquinho, todas do PP, partido do prefeito eleito Rafael Capanema.
Laysta do Robson (PL), de Panamá, foi a vereadora mais votada proporcionalmente em Goiás, com 13,64% dos votos.
Outras cidades que ganharam assentos femininos foram Itumbiara (1), Cachoeira Dourada (1), Araporã (1), Água Limpa (1), Buriti Alegre (1), Monte Alegre de Minas (1), Aloândia (1), Canápolis (1), Castelândia (1), Porteirão (1) e Marzagão (1).
Conseguiram repetir a bancada de 2016 as cidades de Pontalina, Gouvelândia, Corumbaíba, Tupaciguara, Joviânia e Centralina. Na outra ponta, Maurilândia, Cachoeira Dourada de Minas, Capinópolis e Bom Jesus perderam vereadoras.
Em Vicentinópolis, não foi eleita nenhuma mulher em 2016 e 2020. Em Goiatuba, onde havia apenas uma vereadora, nenhuma foi eleita neste ano. Caldas Novas e Santa Helena também não terão representantes do gênero feminino a partir de janeiro.